Dever, devia, mas não posso redimir-me a meras palavras minhas para explicar o que são as Acções. Afinal, o que é uma acção? Poderá, é verdade, ser apenas uma maneira de “mostrar” riqueza sem quantificar dinheiro, porém, nem tudo é monetário, logo existem acções que, de alguma maneira, são actos com uma intenção.
As Acções monetárias, mais conhecidas por “Papéis” (mas que rica alcunha que lhe arranjaram… rica só ser for pelo valor que têm, pois, dado o papel gasto para pagar as mesmas e registá-las…) Como é obvio, não sou nenhum ecologista, nem faço parte da Greenpeace para poder argumentar contra quem seja.
Já as acções “filosóficas” ficam-se pelo behaviorismo; a determinação de uma acção provém da existência de uma intenção, exigindo um movimento corporal coordenado. Estas estão ligadas o que chamamos de Ética, proveniente do grego Ethos, que significa “comportamento”; muitas das vezes a Ética confunde-se: desde pessoas que lhe chamam uma palavra “laica”, ainda a outras que pensam ser valores obtidos à nascença, já para não falar das pessoas da velha guarda que julgam ser um “costume”.
Na verdade, a Ética diferencia-se da “Moral”, devido às suas argumentações. A Ética baseia-se no pensamento humano para ter um bom modo de viver, já a “Moral” baseia-se obediência a costumes, cultos religiosos…Para não divagar muito mais, as “Acções Filosóficas” estão de acordo com a Ética, pois na condição de haver uma “Acção”, terá de haver um pensamento, um raciocínio e uma intenção; sem um objectivo, deixaria de ser uma acção, não percebo bem porquê, mas alguns filósofos dizem: “Só é uma Acção, se e só se, a intenção for atingida.” Na realidade, perde a lógica de todo o ser, eu escrevo este post com a intenção de obter 20 comentários, mas se não os atingir deixará de ser uma acção?
Devido à neologia pragmática e semântica, as “Acções Filosóficas” tornaram-se “Acções Monetárias”. Infelizmente, a palavra perdeu o seu brilho e hoje, sem contexto, deixaríamos de saber que tipo de acções são, são apenas acções!
«Todo o caminho tem duas bifurcações,
A certa e a errada, a nós as condições
De escolher, a relatividade, prevendo,
Aí, qual a fruta, que estamos a colher.
Tal como a fruta, a que tem restrições,
Devemos tornear e escolher soluções,
Se nasce doce devemo-la ir comendo,
Qual o sol, que fossemos aí sorvendo.
Portanto temos sempre duas opções,
Cabe-nos a nós saber qual o caminho
Ou qual a estrada, das nossas acções.
E cada gesto, é medido por fracções,
Se a fruta é podre, acabarás sozinho,
Se a fruta frutífera são tuas as ilusões.»
Jorge Humberto
28/12/07
Como sempre é um prazer escrever para vós
Pedro Coelho!