Não interessa quem somos, o que
somos, ou o que queremos ser, apenas interessa que precisamos sempre de alguém.
Aqui, ali, sermos felizes depende dos outros, mas depende de nós sermos felizes
através dos outros. As luzes vêm, durante todo o dia nós vemo-las chegar, e
voltarem embora, estrelas, luas, planetas... Tudo reluz para nós, quando temos
olhos para os ver, somos feliz, mas por vezes tornamo-nos cegos, ou até os
outros julgam que estamos cegos quando não estamos, não interessa, interessa
que aquilo que sentimos tem de prevalecer em muito do que pensamos e agimos.
É por isso
que quando queremos estar bem, podemos mesmo assim não conseguir, porque
pensamos demais, pensamos nos outros, no bem nos outros, e para além de nós
próprios pensamos naquilo que podemos fazer e que pode afetar os outros, e
voltamos atrás, pensamos outra vez, e nunca concluímos nada. Porque sentimentos
não têm peso, nem medidas, não podem equiparar nem se revelar maiores ou mais
pequenos que outros.
Por vezes
necessitamos de docas, portos de abrigo que nos façam acalmar as águas e poder
pensar em nós mesmos, mas são momentâneos... não vivemos sozinhos, e isso
faz-nos ser dependentes, de muitas coisas, de pessoas, de sentimentos, de
objetos, de objetivos, de atividades etc... Devíamos poder cortar todas essas dependências,
mas possível? Não isso não o é. Tudo fica na mesma, e quando tentamos ouvir os
outros continuamos na mesma ideia que tínhamos antes, pois a situação vivida
por nós, só o é por nós mesmos e só nós saberemos mudar!
Mudar? Força Muda! A Mudança acompanha a vida, resta-nos que
a vida acompanhe a mudança!
Pedro Coelho

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